TAYSAM

Login

Criação da seguradora estatal EBS é um retrocesso total, afirma Jorge Hilário

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

Em entrevista concedida a vários jornais e emissoras de rádio e tv nesta terça-feira, 13, o presidente da CNSeg, Jorge Hilário Gouvêa Vieira manifestou o repúdio do mercado segurador à criação da seguradora estatal EBS (Empresa Brasileira de Seguros) para suprir uma suposta falta de capacidade do setor privado para garantir grandes obras de infraestrutura no País.

"É uma péssima notícia e não podemos nos conformar com o governo querendo abrir uma seguradora estatal", afirmou logo no início de sua entrevista concedida ao telejornal Conta Corrente, transmitido pela GloboNews. Segundo Jorge Hilário, é necessário saber o que o governo pretende e a reunião proposta pelo Ministro da Fazenda Guido Mantega com executivos do setor de seguros dita em entrevista aos jornalista é bem vinda.

Em matéria veiculada no Jornal Nacional, o presidente da CNSeg foi categórico: "É um retrocesso total, no século XXI, uma empresa estatal para competir com as outras empresas no Brasil?, declarou ele ao Jornal Nacional, em matéria veiculada nesta terça-feira, 13.

Durante a entrevista com o jornalista Sidney Resende, Jorge Hilário declarou que "a justificativa dada pelo governo para a criação da estatal é de que o mercado não tem capacidade para absorver riscos de grandes projetos, como Minha Casa Minha Vida ou da Petrobras. Afirmo que o mercado tem capacidade para absorver os riscos não só no Brasil como também no exterior", disse Jorge Hilário durante entrevista com o jornalista Sidney Resende.

"Estamos dispostos a sugerir ao governo para que os fundos que serão usados para a criação da estatal, que totalizam quase R$ 18 bilhões, sirvam de garantias adicionais aos contratos de seguros caso haja necessidade", comentou. Segundo ele, caso se comprove que o mercado não tem capacidade, então as seguradoras privadas poderiam recorrer a esta linha adicional, que funcionaria como uma linha de crédito, nos moldes do que já foi praticado no passado. Com a abertura do mercado de resseguro esta linha foi encerrada, mas poderia ser restabelecida em caso de eventual necessidade. "É isso que vamos propor", disse Jorge Hilário.

Se o mercado tem capacidade, questionou o jornalista, sobre o que poderia estar por traz desta medida? "Não sabemos, pois a medida provisória a que tivemos acesso diz que a estatal atuaria em outros nichos, como seguro para pequenas empresas, residencial, ou seja, ramos atendidos plenamente pela iniciativa privada. Então nos faz pensar que o governo quer atuar em todas as áreas que são privadas", afirmou o presidente da CNSeg.

A ação do governo é motivo de grande preocupação, principalmente por ser este um ano eleitoral. "É tudo muito confuso. Nada está claro", sintetizou Jorge Hilário. Segundo o jornalista, esta discussão poderia ser tema para o ano que vem, no início de um novo governo.[2]

Afirmação com a qual o presidente da CNSeg concordou. "É claro que o governo deveria pensar melhor nisso e propor um projeto de lei para ser discutido com toda a sociedade. No apagar das luzes fazer uma medida provisória é negar todos os passos que vinham sendo dados no sentido da globalização, como foi com a abertura do resseguro", finalizou Jorge Hilário.


 Fonte: Apólice Notícias em 15/07/2010

Pin It

Logo TAYSAM Web Design 147x29

Selo Google1