Novos padrões para plano privado

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Seguradoras têm, agora, dados brasileiros para calcular melhor seus riscos.

O aumento da expectativa de vida do brasileiro fez com que o mercado de previdência privada e de seguros de vida tivesse que se adaptar, já que trabalha com o risco de morte e de vida das pessoas. Até o ano passado, por exemplo, eram usados dados sobre a longevidade dos americanos para os cálculos dos planos privados de aposentadoria e apólices de vida. Neste ano, porém, foi lançada uma tábua atuarial (tabelas com as probabilidades de sobrevivência e morte de uma população) com os dados dos brasileiros.

Lá fora, porém, já há algumas iniciativas para incluir também outros fatores nesse cálculo. Por exemplo, hábitos não saudáveis, como fumar e ser sedentário, que diminuem a expectativa de vida das pessoas. "Mas isso é algo que ainda está no começo", comenta Celina da Costa e Silva, superintendente de Serviços Técnicos da Brasilprev.

No caso da previdência, uma pessoa que fuma e tem probabilidade de morrer mais cedo pode ter uma renda a receber maior no momento da concessão do benefício, já que os recursos acumulados devem ser concedidos por menos tempo.

Dados mais realistas Antes da criação da tábua brasileira, chamada de Experiência do Mercado Segurador Brasileiro (BR-EMS), usava-se a americana AT- 2000, uma tabela fixa, que não capturava o aumento constante da expectativa de vida. Já a brasileira será atualizada a cada cinco anos, incorporando as mudanças na longevidade.

"Isso coloca o Brasil em linha com as principais economias no critério de concessão de benefícios, pois atualiza a expectativa de vida", comenta João Batista Mendes Ângelo, superintendente de Produtos da Brasilprev.[2]

Isso torna o negócio mais justo, diz, tanto para a seguradora quanto para o cliente, pois é possível calcular a renda com dados mais realistas e evitar prejuízos para um ou outro lado. 


 Fonte: Brasil Econômico em 04/07/2010